E chegou como sempre o fez, reunindo a família, os amigos e os admiradores. Agregando alegria, humor e cultura com a mais plena felicidade.
Na bagagem, os melhores presentes para todos e, em especial, para os sobrinhos, agora também sobrinhos-netos e bisnetos, tudo com sua refinada arte e, principalmente, com dedicado amor.
A Casa de Tarcila está em festa e as palavras serão pequenas para tamanha gratidão pela sua presença.
Embora saiba que esta casa, aliás, esta “home” não tenha o tamanho dos cômodos do seu coração, desejamos profundamente que a tenhamos organizado com a melhor mobília para recebê-lo.
Na fachada, tinha que ter as boas-vindas com um pouco de cada parte deste seu novo domicílio. Colocamos na entrada principal aquelas suas obras que estão sob os nossos cuidados. Na sala de estar ficaram as histórias contadas nas “suas” Igrejas, local em que, neste momento, estão todas as suas Irmãs rezando o Santo Ofício; peço a benção e, com um pedido de desculpas por interromper, faço passagem, porque quero lhe acompanhar até a sala de jantar, já ocupada por sobrinhos e amigos ansiosos por suas falas, decoradas com fatos, “causos”, piadas e as mais variadas conversas, todas ricas em cultura, vivência e ensinamentos.
Antes de irmos para a companhia de todos, quero que saiba que o seu quarto está parcialmente arrumado. Peço desculpas. Coloquei as fotos pessoais, os esboços e os escritos. Os jornais, para a leitura matinal, também estão lá. São notícias vindas de quase todo o Brasil, com especial cuidado com aquelas do “seu berço”, a Bahia, do “seu trabalho”, o Rio de Janeiro, e de Sergipe, o “seu lar”. Sabendo que há muito para chegar, o quarto foi ampliado. A cama está posta e arrumada, embora duvide que será ocupada tão cedo, pois, como o senhor dizia com largo sorriso que os sobrinhos não lhe davam sossego, creio que agora não será diferente.
Só mais um propósito… Acreditando que gostaria de saber por onde estão as suas pinturas, principalmente, naqueles locais de acesso para todos, planejei um “roteiro das obras” para que possamos fazer uma visita e, com a sua presença, uma releitura da importância e valor histórico e social de cada quadro. Mas, isso será feito aos poucos, dentro da sua disponibilidade. Por hora, fique com aqueles que aqui estão para lhe receber.
Reafirmo somente, Tio Lima, meu incessante agradecimento porque, todo tempo, o senhor esteve sempre conosco!
Por José Pedro de Brito Filho