Grandiosa Catedral de Nossa Senhora da Guia

Em transcrição, trechos registrados por Damião de Lucena Lima – Historiador e Jornalista – em seu livro “Patos de todos os tempos – a capital do sertão da Paraíba“, e no “website” da Diocese de Patos.

Aos 04 de dezembro de 1949, aconteceu a primeira celebração de ordenação sacerdotal na Paróquia de Nossa Senhora da Guia, época em que o seu vigário era o padre Zacarias Rolim de Moura. (…)

A partir deste ano, foram realizados os trabalhos de pintura da parte interna da Matriz, onde estão verdadeiras obras de arte, dentre as quais a Via Sacra, constituindo uma das maiores belezas culturais da região Nordeste.

O artista convidado para realizar o trabalho, José Lima, residia na capital pernambucana. O mesmo teve formação artística na Itália, foi irmão franciscano, seminarista, chegando, inclusive, a fazer curso teológico. O referido pintor, que contava com a ajuda da esposa, trabalhava mais à noite e durante a madrugada. Outra curiosidade é que as pinturas do teto foram feitas no próprio local, sendo que o apoio era fixado em armações de madeira, em alguns momentos com o corpo deitado.

José Lima que sofria de surdez, após concluir os trabalhos voltou para o Recife, posteriormente seguiu com destino ao sudeste e nunca mais foi localizado. Ele chegou a ser procurado pelo Padre Levi Rodrigues, que objetivava pintar a Igreja de Santo Antônio, substituindo o desejo de ter seus quadros artísticos pelos azulejos que retratam o antigo e o novo testamento.

Fala-se ainda de uma pequena participação de Zezinho Pintor, da cidade de Patos, nos quadros mais próximos ao solo, oportunidade em que o patoense de saudosa memória teria aprimorado parte dos seus conhecimentos no campo da arte.

Por Damião de Lucena Lima

Galeria da Catedral de Nossa Senhora da Guia

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